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Machu Picchu, Peru

Um local capaz de causar as emoções mais diversas naqueles que o vislumbram pela primeira vez e, com toda a razão, recentemente nomeado uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo. Esta é Machu Picchu, uma cidadezinha inca do século XV construída sobre a encosta de uma montanha a mais de 2.400m de altitude, na transição entre o altiplano peruano e a floresta amazônica, e cercada pelo vale do Rio Urubamba.

Machu Picchu, Peru
Machu Picchu, Peru

Existe pouco consenso sobre quando exatamente a cidade foi construída e para que ela era utilizada. Acredita-se, contudo, que Machu Picchu teria sido erguida como uma das residências do Inca Pachacútec, o nono Inca, por volta de 1450. Acredita-se que devido à localização da cidade, ela também pudesse ter sido utilizada como centro cerimonial e turístico para a elite inca, embora acredite-se que a sua população nunca tenha ultrapassado os mil habitantes. Machu Picchu teria começado a perder prestígio após a morte de Pachacútec, ocorrida em 1470 e teria sido completamente abandonada em consequência da Guerra Civil Inca (1531-1532) e, principalmente, da chegada dos conquistadores espanhóis a partir de 1533.

Machu Picchu, Peru
Machu Picchu, Peru

O título de "cidade perdida" geralmente atribuído a Machu Picchu também é bastante debatido, uma vez que há indícios de que os espanhóis tinham conhecimento sobre a sua existência, embora não se possa provar que eles tenham efetivamente pisado ali em algum momento. Machu Picchu possivelmente sempre tenha sido conhecida por vários dos habitantes locais, embora apenas no ano 1865 tenha voltado a chamar a atenção de estrangeiros, atraindo o naturalista italiano Antonio Raimondi e, dois anos mais tarde, o empresário alemão Augusto Berns, que teria fundado uma empresa para explorar a região e vender o material coletado para colecionadores.

A atenção internacional, no entanto, só recaiu de vez sobre Machu Picchu a partir de 1913, quando a revista National Geographic publicou um artigo sobre a "descoberta" do lugar pelo professor Hiram Bingham, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Bingham comandou os primeiros esforços de escavação da área (levando consigo para Yale muito do material escavado) e permitiu que Machu Picchu ressurgisse em meio à densa vegetação que a recobria. Finalmente, em 1983, o parque ao redor da cidade inca foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, promovendo maiores esforços de preservação.

Machu Picchu, Peru
Machu Picchu, Peru

Atualmente é possível chegar às ruínas utilizando uma série de caminhos, lembrando que, propositalmente, para controlar o fluxo de visitantes, ainda não existem estradas abertas ao público que cheguem ao local. A porta de entrada para Machu Picchu é a vila de Águas Calientes, localizada morro abaixo a partir das ruínas incas, às margens do Rio Urubamba. A principal cidade da região é inquestionavelmente a antiga capital do Império Inca: Cusco. Aí chegam voos e ônibus provenientes de todo o Peru, bem como de alguns países vizinhos. A partir de Cusco pode-se tomar um trem até a estação de Águas Calientes ou um ônibus até Ollantaytambo, no Vale Sagrado dos Incas. Uma vez em Ollantaytambo, pode-se seguir viagem até Águas Calientes de trem, ou ainda seguir a trilha mais popular da América Latina, e uma das mais famosas do mundo: o Caminho Inca. Essa trilha de quatro dias deve obrigatoriamente ser seguida em companhia de um guia e apenas 500 permissões são disponibilizadas para cada dia do ano (leve em consideração que a reserva deve ser feita com meses de antecipação). Outra trilha tão bonita quanto, mas não tão popular e sem limitação quanto ao número de visitantes, é a trilha do Salkantay, geralmente executada ao longo de cinco dias. Essa trilha exige um condicionamento físico melhor do que o Caminho Inca e termina na Hidrelétrica, de onde segue-se a Águas Calientes caminhando cerca de 2.5h pela estrada de ferro. Uma opção mais em conta (porque sim, os trens são bastante caros) é seguir de ônibus até a Hidrelétrica e daí caminhar até Águas Calientes.

Machu Picchu, Peru
Machu Picchu, Peru

Águas Calientes é um pequeno povoado, muitas vezes chamado erroneamente de Povoado de Machu Picchu, que serve exclusivamente como base turística para as ruínas incas. A partir daí pode-se tomar um ônibus para a subida até a entrada do parque arqueológico (12 dólares por trecho, 20 minutos) ou simplesmente caminhar morro acima (grátis, 1h a 2h). Atualmente existe um limite de 2.500 visitantes por dia que podem ser admitidos, de modo que é altamente recomendável comprar a sua entrada com antecipação. Se você não estiver seguindo um guia, vale a pena buscar um na entrada do parque ou, pelo menos, comprar um bom livro para acompanhá-lo na visita (um investimento pequeno e valioso levando em conta o esforço para chegar até aqui). Para os que ainda tiverem fôlego e quiserem obter uma perspectiva memorável de Machu Picchu e da região que a cerca, é extremamente recomendável subir o monte Huayna Picchu (aquela montanha que aparece atrás de Machu Picchu em todas as fotos de cartão postal). A subida não é particularmente difícil, mas requer atenção subindo (e descendo) os degraus. O acesso a Huayna Picchu requer um ingresso a parte e é limitado a 400 pessoas por dia (divididas em dois turnos, sempre de manhã).

Machu Picchu, Peru
Machu Picchu, Peru

Ao concluir a visita, a maioria dos visitantes retorna a Cusco. Durante a sua visita, não deixe de explorar a antiga capital inca, bem como algumas das atrações do Vale Sagrado, como Moray e Ollantaytambo. Ao final, você poderá voar diretamente para outro destino nacional, como a capital Lima, tomar um trem para a cidade de Puno, às margens do Lago Titicaca, ou ainda um ônibus para destinos como a segunda maior cidade do Peru: Arequipa.

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