Belas praias, vulcões ativos, traços deixados por civilizações já extintas, cidades coloniais bem preservadas, metrópoles modernas, vilarejos esquecidos no tempo. Este pedaço da Terra compreendido entre a Colômbia e o México, entre o Mar do Caribe e o Oceano Pacífico, abriga cerca de 43 milhões de pessoas distribuídas por sete países que, em conjunto, ocupam uma área pouco menor que a do estado da Bahia. A diversidade de atrativos aqui encontrados, contudo, é suficiente para entreter aqueles interessados em arqueologia, natureza, história, esportes radicais ou em simplesmente relaxar por bastante tempo.
Sejamos realistas ao assumir que, para a maioria das pessoas, a extensão da América Central não pode (nem deve) ser percorrida em uma única viagem: lembre-se que este é um lugar para visitar sem pressa, sem a expectativa de que todo o necessário esteja prontamente disponível, e deixando alguma margem para o imprevisto. O melhor é focar a atenção em um país ou uma região de cada vez. Uma abordagem bastante razoável, por exemplo, seria a de dividir a América Central em três circuitos: sul (Panamá e Costa Rica), centro (Nicarágua, Honduras e El Salvador) e norte (Guatemala e Belize), dedicando cerca de duas semanas para cada um deles.
Os principais hubs aéreos da região são a Cidade do Panamá, San José (na Costa Rica) e San Salvador (em El Salvador), bem conectados com o restante do continente - a Cidade da Guatemala e San Pedro Sula (em Honduras) também são, em menor escala, bem atendidas regionalmente. Por via rodoviária, uma série de empresas de ônibus oferecem serviço internacional confiável e de qualidade conectando os países da região e, em alguns casos, seguindo até o México. Internamente, dentro de cada país, também é possível tomar ônibus locais: os mais comuns costumam ser antigos ônibus escolares trazidos dos Estados Unidos e que hoje oferecem um modo extremamente barato, embora não necessariamente rápido, de viajar. Esses ônibus frequentemente levam as malas maiores presas ao teto (cuidado com a chuva) e são uma forma no mínimo interessante de entrar em contato com a gente de cada lugar. Lembre-se de que não é possível dirigir entre a América do Sul e a Central, já que não existem estradas abertas ao longo da passagem de Darién, na fronteira entre Panamá e Colômbia - e essa região está fora dos limites de segurança para qualquer turista em sã consciência. A única forma de fazer a travessia, além da aérea, é tomando um barco, geralmente entre Cartagena das Índias, na Colômbia, e Colón, no Panamá.
Entre os destinos mais populares da região estão as ruínas maias de Tikal (Guatemala) e Copán (Honduras) e as cidades coloniais de Antigua (Guatemala) e Granada (Nicarágua). Os amantes da natureza vão adorar conhecer a ilha de Ometepe (Nicarágua), o Parque Nacional Vulcão Barú (Panamá), Monteverde e Manuel Antonio (Costa Rica) e Semuc Champey (Guatemala). Para o mergulho, o Blue Hole (Belize) e Roatán (Honduras) e para praia e surf, Bocas del Toro (Panamá), Puerto Viejo de Talamanca (Costa Rica) e San Juan del Sur (Nicarágua) são boas opções. Além disso, por que não aventurar-se pela quase inexplorada região da Mistikia, em Honduras, ou relaxar entre pequenos povoados na Rota das Flores, em El Salvador. Para fechar com chave de ouro, atravessar o Canal do Panamá desde um oceano até o outro é uma experiência inesquecível e icônica - embora a simples vista dessa maravilha da engenharia já valha a pena.
DESTINOS NA AMÉRICA CENTRAL: