Havana, Cuba

Havana é a capital, a maior cidade e o principal porto de Cuba. Com cerca de 2,1 milhões de habitantes, é a casa de aproximadamente um em cada cinco cubanos. Parcialmente estacionada no tempo, com seus escassos arranha-céus e os famosos carrões americanos das décadas de 1940 e 1950, Havana deixa transparecer muitos dos efeitos do embargo de mais de meio século sobre o país. Apesar de parecer um pouco contraditório com a forma de governo observada no país nas últimas décadas, Havana não é uma cidade homogênea, embora seus contrastes sejam sim claramente mais tênues do que os observados em outras cidades de porte semelhante, principalmente na América Latina.

O distrito central, ou Havana Velha, é a melhor introdução a esta cidade. Suas praças, mansões coloniais e jardins interiores arborizados seguem sobrevivendo a pressão exercida pelo tempo e, embora constituam um agradável passeio, são testemunhas da falta de desenvolvimento urbanístico da cidade. Embora alguns edifícios tenham sido completamente restaurados depois de Havana ter sido nomeada Patrimônio da Humanidade, a grande maioria das construções carece de cuidados e apresenta um certo ar de abandono. Apesar disso, deslocar-se por essas ruas permite ao visitante estar em contato com um mundo que já não existe em outras partes e entrar em contato com os moradores locais, de modo que uma caminhada exploratória pela zona não deve ser deixada de lado.

Capitolio Nacional
Capitolio Nacional

Quanto aos principais atrativos de Havana Velha, destacam-se o conjunto de praças formado pela Praça de Armas, Praça da Catedral e pela Praça Velha, cada uma a poucas quadras das outras. Localizado em plena Praça de Armas, de frente para a baía de Havana, o Castelo da Real Força é uma das fortalezas mais antigas das Américas e hoje abriga um belo museu marítimo. Saindo da Praça de Armas e dando às costas para a baía, pela rua Obispo, chega-se ao Parque Central, onde encontra-se o Capitólio Nacional, construído em 1929 quase que como uma réplica do americano, localizado em Washington, DC. Apenas uma quadra ao norte do Parque Central encontra-se o Museu Nacional de Belas Artes, com a maior coleção de arte do país. Seguindo duas quadras mais além chega-se ao principal museu do país, o Museu da Revolução, construído com o propósito, inegavelmente propagandista, de ressaltar o papel dos principais responsáveis pela Revolução que levou Fidel Castro ao comando da ilha em 1959.

Plaza 13 de Marzo
Plaza 13 de Marzo

A região imediatamente a oeste da cidade velha é de pouco interesse para a maioria dos visitantes, exceto àqueles com algum fascínio especial pela "verdadeira Havana". A provável exceção a essa regra é a avenida costeira, conhecida como Malecón, que começa a reconquistar sua antiga popularidade e atrai uma pequena, mas eclética multidão em busca de relaxamento e boa música todo fim de tarde. Seguindo pelo Malecón por cerca de 2km desde o fim de Havana Velha, chega-se ao Hotel Nacional de Cuba, um edifício emblemático que sinaliza a chegada ao bairro de Vedado, uma vizinhança sem muitos atrativos em si, mas bastante agradável e sede de vários hotéis e restaurantes.

Continuando outros 2km a 3km ao sul de Vedado (dependendo de onde no bairro você esteja) chega-se à Praça da Revolução, sede dos principais desfiles e comemorações do país, bem como dos lendários discursos do ex-presidente Fidel Castro. Os grandes atrativos desta praça são o Monumento a José Martí, considerado o pai da pátria cubana, e as imagens de Ernesto "Che" Guevara e Camilo Cienfuegos, revolucionários, adornando dois edifícios governamentais.

Plaza de la Revolución
Plaza de la Revolución

Seguindo rumo ao oeste e atravessando o rio Almendares chega-se ao bairro de Miramar. Uma das últimas zonas da cidade desenvolvidas antes da revolução, era aqui que a maior parte da riqueza da cidade se concentrava. Ainda hoje a região apresenta uma atmosfera distinta a do restante da cidade, com suas ruas mais arborizadas e construções melhor preservadas.

Um bom programa para coroar a estada em Havana é assistir a cerimônia do Canhonaço, na Fortaleza de San Carlos de la Cabaña. Esta cerimônia, reproduzida diariamente de modo teatral, ilustra uma antiga tradição da época colonial quando, por motivos de segurança, um disparo de canhão na fortaleza sinalizava a abertura dos portões da cidade às 4:30 da manhã e o fechamento dos mesmos às 9:00 da noite. Felizmente para os vizinhos, hoje em dia a cerimônia só ocorre à noite. Aproveitando a visita, pode-se aproveitar para conhecer essa que foi a terceira maior fortificação espanhola no Novo Mundo.

Cañonazo
Cañonazo

Após passar alguns dias percorrendo a capital cubana, pode-se seguir 180km ao oeste para a província de Pinar del Rio, capital do tabaco, onde encontra-se o belo Vale de Viñales. Para uma experiência completamente não cubana, mas que garanta muita diversão, dirija-se a Varadero, localizada 150km ao leste. As cidades de Santa Clara, fortemente ligada à figura de Che Guevara, e de Trinidad, uma joia do período colonial também são pontos de grande interesse turístico na porção ocidental da ilha de Cuba.

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